Embaixador Projeto Serra

Ruca Frutuoso

Biografia

Cresci junto ao mar mas por influência dos escuteiros, fiquei fascinado pelas serras. Inevitavelmente escolhi uma profissão que o escritório fosse ao ar livre, pelo que profissionalmente sou geólogo. Tenho um especial interesse pelas tradições, artes e ofícios do mundo rural, e numa atitude de pseudo etnógrafo gosto de recolher objetos de artesanato, utensílios e curiosidades. A necessidade de registar paisagens, momentos e tradições levou-me a dedicar de forma mais séria à fotografia e ir documentando um pouco de tudo.
Gosto de longas caminhadas em autonomia pelas serras, mas também de fazer saídas em bikepacking e por vezes subir mais alto e fazer umas atividades de alpinismo.

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O que a vida na serra te faz sentir?

Gosto da simplicidade que há quando estamos pelas serras. Vou pela aventura, pelas paisagens e o céu estrelado, mas também há algo de viciante na dureza e desafio que estes relevos trazem. O chão rochoso, as águas frias, o silêncio, as florestas e o desconhecido são algumas características da serra que me fazem sentir vivo.

Atividades na Serra, Dicas de Trekking

Pela suas características geomorfológicas, ambientais e sociais, as serras do Parque Nacional Peneda-Gerês são o meu local de eleição. Caminhar pelos trilhos destas serras nos diferentes períodos do ano mostram o porquê da importância e necessidade de preservação desta área. Há um misto de cénico e histórico nestas serras que torna um local singular. As suas aldeias também têm tradições muito ligadas à serra havendo uma simbiose única, pelo que os dias festivos são sempre boas alturas de se visitar.

Qual a tua tradição favorita na serras por onde andas?

Gosto particularmente das romarias ligadas à serra, em especial no norte de Portugal. Há sempre a relação do religioso com o profano. Ambos estão de mão dada e a serra é como se fosse a ligação.
Uma das romarias que mais me interessa é a procissão a S. João da Fraga em Pitões das Júnias, onde se faz uma caminhada até à uma pequena capela no topo de um domo granítico. Após a celebração religiosa, ruma-se para um Carvalhal onde há a uma confraternização comunitária bastante animada.